quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A Estrela Verde



"Era uma vez milhões de estrelas no céu...
Havia estrelas de todas as cores:
brancas, azuis, prateadas, douradas, vermelhas..."

Um dia, elas procuraram o Senhor Deus - todo poderoso.
O Senhor do Universo, e lhe disseram:
Gostaríamos de viver na terra, entre os homens.

Assim será feito - respondu o Senhor.
Conservarei todas vocês pequeninas como são vistas.
Podem descer a Terra.

Conta-se que, naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas na Terra,
algumas se aninharam nas torres das igrejas, outras foram brincar de vaga-lumes nos campos, outras se misturaram nos brinquedos das crianças, e a Terra ficou maravilhosamente iluminada. No entanto, passado algum tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o céu, deixando a Terra escura e triste.

_ Por que vocês voltaram? _ Perguntou Deus, à medida que elas iam chegando no céu.
_ Senhor, não nos foi possivel pertencer a Terra. Lá existe muita miséria, muita violência, muita maldade, muita doença, muita injustiça, muito desamor...
E o Senhor lhe disse:
_É claro. O lugar de vocês é aqui no céu. A Terra é o lugar daquilo que passa, daquele que cai, daquele que erra, daquele que morre; e lá nada é perfeito. O céu é o lugar da perfeição, do imutável, do eterno, onde nada perece.
Depois que todas as estrelas tinham chegado. Deus conferiu o número delas.
A seguir falou-lhe de novo.
_Mas está faltando uma estrela. Acaso se terá perdido pelo caminho?

Um anjo que estava por perto falou:
_Não, Senhor, uma estrela resolveu ficar entre os homens. Ela descobriu que o seu lugar é exatamente lá, onde há muita luta e dor.
_ Mas que estrela é esta? _ Voltou Deus a perguntar.
_ É verde, Senhor. è a única estrela de cor.
Então, quando olharam para a terra, a estrela não estava só. A Terra estava toda iluminada novamente, porque havia uma estrelinha verde no coração de cada pessoa. Porque a esperança é própria da pessoa de bom coração. Ela é a mais humana das estrelas. É própria daquele que erra, daquele que tropeça, daquele que falha, mas que apesar dos desenganos, desencantos, e sonhos desfeitos, acredita num tempo de novas esperanças, de "Novos Céus e novas Terras".

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